Entrevistas
A Scopo Sports reconhece a importância de profissionais das mais diversas áreas ligadas ao esporte. Faremos aqui, entrevistas que irão nos informar e gerar discussões em prol do desenvolvimento do esporte e da justiça desportiva.
Entrevista Franklin - Goleiro Futsal

Franklin Roosevelt Bueres nasceu em Osasco (SP), em 18 de maio de 1971. Foi campeão mundial em 2008, no Rio de Janeiro. Franklin foi escolhido pelo treinador PC de Oliveira para defender os pênaltis na decisão contra a Espanha, o goleiro brasileiro garantiu o título mundial com duas defesas na disputa.
Backstage Comunicação: Franklin, hoje você é um dos jogadores mais experientes no futsal. Sente que tem uma responsabilidade maior, principalmente em relação aos jovens? E como é auxiliar esses jogadores?
Franklin: Eu entendo que os exemplos infelizmente não estão sendo suficientemente bons para esta geração que está chegando. Deveríamos ter uma postura correta independentemente de ser um atleta de expressão ou um funcionário de qualquer gênero. Através de uma postura exemplar automaticamente você consegue auxiliar esses jovens que estão chegando, muitas vezes até sem abrir a própria boca.
Backstage Comunicação: Em 2008, na final do Mundial, contra a Espanha, você saiu do banco de reservas e foi decisivo na disputa de pênaltis. Você considera que foi um herói naquele momento? E o momento mais marcante da sua carreira?
Franklin: Não vejo como heroísmo e sim como dever cumprido. Naquele momento necessitavam da minha contribuição e assim foi feito. Com certeza foi marcante devido a toda dificuldade e risco colocado no momento, levo como parâmetro numa junção de fé e trabalho.
Backstage Comunicação: Você já passou por alguma questão jurídica no futsal? Como foi?
Franklin: Passei sim, foi triste porque entendo que todo profissional tem que ser respeitado e pago por aquele serviço prestado. Foram momentos que coloquei em questão se o futsal realmente desejava ser olímpico, porém, não podemos colocar em um único cesto aqueles dirigentes sem caráter e sem discernimento com aqueles que sempre executaram seu trabalho com sabedoria e respeito.
Backstage Comunicação: Você acredita que a parte jurídica pode ajudar no crescimento do futsal?
Franklin: Acredito com certeza, necessitamos deste suporte para que tenhamos tranquilidade na garantia dos nossos direitos como profissional da área.
Backstage Comunicação: Em 2012, você conquistou o bicampeonato Mundial de futsal. Foi uma sensação diferente da de 2008?
Franklin: Com certeza foi. Primeiro por não estarmos no nosso país e segundo que a própria cobertura televisiva devido os horários de fuso acabou nos deixando com uma questão emocional grande, mas nada que comparasse com tudo aquilo que sentimos em 2008.
Backstage Comunicação: Teve um alívio com o jogo terminando na prorrogação, sem uma nova disputa de pênaltis?
Franklin: Alívio não, entendia que estava preparado como estive em 2008, não baixei a guarda em momento algum e por isso tinha confiança e FÉ de mais um dia feliz.
Backstage Comunicação: Em 2014 você não renovou seu contrato com o Corinthians. Quais são seus planos para esta temporada?
Franklin: Meus planos estão nas mãos de Deus. Cansei de planejar e não perguntar se era isso que ELE desejava para minha vida, com esse aprendizado hoje eu descanso e aguardo as coisas acontecerem.
Backstage Comunicação: Ainda sonha com o Mundial de 2016?
Franklin: Não, tive quatro oportunidades e agora entendo que é o momento de uma nova geração assumir.
Backstage Comunicação: Por mais quantos anos os torcedores poderão acompanhar o Franklin em quadra?
Franklin: Ainda não sei, tenho físico para jogar mais alguns anos mas como disse anteriormente estou aguardando com calma o próximo passo.
Backstage Comunicação: Franklin, hoje você é um dos jogadores mais experientes no futsal. Sente que tem uma responsabilidade maior, principalmente em relação aos jovens? E como é auxiliar esses jogadores?
Franklin: Eu entendo que os exemplos infelizmente não estão sendo suficientemente bons para esta geração que está chegando. Deveríamos ter uma postura correta independentemente de ser um atleta de expressão ou um funcionário de qualquer gênero. Através de uma postura exemplar automaticamente você consegue auxiliar esses jovens que estão chegando, muitas vezes até sem abrir a própria boca.
Backstage Comunicação: Em 2008, na final do Mundial, contra a Espanha, você saiu do banco de reservas e foi decisivo na disputa de pênaltis. Você considera que foi um herói naquele momento? E o momento mais marcante da sua carreira?
Franklin: Não vejo como heroísmo e sim como dever cumprido. Naquele momento necessitavam da minha contribuição e assim foi feito. Com certeza foi marcante devido a toda dificuldade e risco colocado no momento, levo como parâmetro numa junção de fé e trabalho.
Backstage Comunicação: Você já passou por alguma questão jurídica no futsal? Como foi?
Franklin: Passei sim, foi triste porque entendo que todo profissional tem que ser respeitado e pago por aquele serviço prestado. Foram momentos que coloquei em questão se o futsal realmente desejava ser olímpico, porém, não podemos colocar em um único cesto aqueles dirigentes sem caráter e sem discernimento com aqueles que sempre executaram seu trabalho com sabedoria e respeito.
Backstage Comunicação: Você acredita que a parte jurídica pode ajudar no crescimento do futsal?
Franklin: Acredito com certeza, necessitamos deste suporte para que tenhamos tranquilidade na garantia dos nossos direitos como profissional da área.
Backstage Comunicação: Em 2012, você conquistou o bicampeonato Mundial de futsal. Foi uma sensação diferente da de 2008?
Franklin: Com certeza foi. Primeiro por não estarmos no nosso país e segundo que a própria cobertura televisiva devido os horários de fuso acabou nos deixando com uma questão emocional grande, mas nada que comparasse com tudo aquilo que sentimos em 2008.
Backstage Comunicação: Teve um alívio com o jogo terminando na prorrogação, sem uma nova disputa de pênaltis?
Franklin: Alívio não, entendia que estava preparado como estive em 2008, não baixei a guarda em momento algum e por isso tinha confiança e FÉ de mais um dia feliz.
Backstage Comunicação: Em 2014 você não renovou seu contrato com o Corinthians. Quais são seus planos para esta temporada?
Franklin: Meus planos estão nas mãos de Deus. Cansei de planejar e não perguntar se era isso que ELE desejava para minha vida, com esse aprendizado hoje eu descanso e aguardo as coisas acontecerem.
Backstage Comunicação: Ainda sonha com o Mundial de 2016?
Franklin: Não, tive quatro oportunidades e agora entendo que é o momento de uma nova geração assumir.
Backstage Comunicação: Por mais quantos anos os torcedores poderão acompanhar o Franklin em quadra?
Franklin: Ainda não sei, tenho físico para jogar mais alguns anos mas como disse anteriormente estou aguardando com calma o próximo passo.
Entrevista Quinzinho - Goleiro de Futsal

Quinzinho é goleiro de futsal, atualmente jogando pela Copagrill. O atleta já foi convocado e atuou com a camisa da Seleção Brasileira.
Backstage Comunicação: De onde vem o apelido Quinzinho?
Quinzinho: Quinzinho vem de Joaquim. Meus pais me apelidaram assim.
BC: Quando começou a jogar futsal?
Q: Comecei jogando na linha com 9 anos, mas não me dei muito bem. Depois, aos 12, fui para o gol, pois faltou um goleiro no treino. Tomei gosto e fiquei. Graças a Deus tive essa oportunidade.
BC: O que te fez escolher futsal e não futebol?
Q: Pra mim, o futsal é muito mais emocionante. Óbvio que o futebol é muito mais visado, mas a paixão falou mais alto. Eu amo o que faço.
BC: Como a parte jurídica pode ajudar no crescimento do futsal?
Q: Olha, a parte jurídica pode ajudar e muito. Temos o apoio para que várias equipes não tratem os jogadores como uma figurinha que pode ser descartada a hora que quiserem.
BC: Já teve que participar de alguma questão jurídica no futsal?
Q: Estou tendo hoje, contra o São Paulo Marília Construban.
BC: Você já participou da Seleção Brasileira. Acredita que pode voltar para o Mundial de 2016? Como se prepara para isso?
Q: Olha seria um sonho, mas é muito difícil. Tem muitos goleiros de qualidade e tenho que me preparar muito para isso. Mas vou lutar até o último dia para o meu sonho se realizar.
BC: Como foi vencer o Torneio do Egito pela seleção em 2003?
Q: Foi uma sensação maravilhosa, pois eu tinha apenas 18 anos e já estava jogando com os melhores: Manoel Tobias, Falcão e Cia. Espero poder participar mais vezes de todos os torneios possíveis pela Seleção.
Backstage Comunicação: De onde vem o apelido Quinzinho?
Quinzinho: Quinzinho vem de Joaquim. Meus pais me apelidaram assim.
BC: Quando começou a jogar futsal?
Q: Comecei jogando na linha com 9 anos, mas não me dei muito bem. Depois, aos 12, fui para o gol, pois faltou um goleiro no treino. Tomei gosto e fiquei. Graças a Deus tive essa oportunidade.
BC: O que te fez escolher futsal e não futebol?
Q: Pra mim, o futsal é muito mais emocionante. Óbvio que o futebol é muito mais visado, mas a paixão falou mais alto. Eu amo o que faço.
BC: Como a parte jurídica pode ajudar no crescimento do futsal?
Q: Olha, a parte jurídica pode ajudar e muito. Temos o apoio para que várias equipes não tratem os jogadores como uma figurinha que pode ser descartada a hora que quiserem.
BC: Já teve que participar de alguma questão jurídica no futsal?
Q: Estou tendo hoje, contra o São Paulo Marília Construban.
BC: Você já participou da Seleção Brasileira. Acredita que pode voltar para o Mundial de 2016? Como se prepara para isso?
Q: Olha seria um sonho, mas é muito difícil. Tem muitos goleiros de qualidade e tenho que me preparar muito para isso. Mas vou lutar até o último dia para o meu sonho se realizar.
BC: Como foi vencer o Torneio do Egito pela seleção em 2003?
Q: Foi uma sensação maravilhosa, pois eu tinha apenas 18 anos e já estava jogando com os melhores: Manoel Tobias, Falcão e Cia. Espero poder participar mais vezes de todos os torneios possíveis pela Seleção.
Entrevista Lucas Pedrozo - advogado do Coritiba Foot Ball Club

10/11/2013
Lucas Pedrozo é advogado do Coritiba Foot Ball Club e um dos organizadores do II Seminário de Direito Desportivo, que acontece no próximo dia 11 de novembro.
Confira uma entrevista sobre o evento e outras curiosidades do mundo da bola.
- Você está à frente da organização do II Seminário de Direito Desportivo. Qual a ideia principal do evento?
A ideia é tratarmos de questões práticas sobre os temas, de forma que as discussões possam ser compreendidas pelo público em geral. Dar ao torcedor, ao apreciador do evento desportivo a possibilidade de tomar conhecimento sobre temas polêmicos no cenário jurídico-desportivo brasileiro.
- Qual a expectativa do público que vai participar?
Evento voltado aos advogados, academicos e público em geral amante do desporte.
- O que você pensa do direito desportivo, principalmente o patamar que está alcançando nos últimos anos e sua importância para os esportes?
O direito desportivo vem crescendo em função da visibilidade que o desporto proporciona. Creio que é um momento muito importante para que o direito desportivo possa se afirmar com um ramo especializado do direito. Eventos como esse contribuem muito para essa afirmação.
- Como é atuar em um clube como o Coritiba?
É bastante gratificante, muito embora sejam grandes as responsabilidades. O Coritiba é um clube grande e as demandas são proporcionais ao seu tamanho. Mas unir a profissão com algo tão apaixonante como o futebol é uma experiência única.
- Quais as principais responsabilidades de um advogado desportivo que atua em clube?
Resguardar os interesses do clube, já que são muitas as partes e os interesses envolvidos. Em resumo, nosso foco é atuar na prevenção de eventuais "problemas" ao clube.
Foto: Site Oficial do Coritiba
Lucas Pedrozo é advogado do Coritiba Foot Ball Club e um dos organizadores do II Seminário de Direito Desportivo, que acontece no próximo dia 11 de novembro.
Confira uma entrevista sobre o evento e outras curiosidades do mundo da bola.
- Você está à frente da organização do II Seminário de Direito Desportivo. Qual a ideia principal do evento?
A ideia é tratarmos de questões práticas sobre os temas, de forma que as discussões possam ser compreendidas pelo público em geral. Dar ao torcedor, ao apreciador do evento desportivo a possibilidade de tomar conhecimento sobre temas polêmicos no cenário jurídico-desportivo brasileiro.
- Qual a expectativa do público que vai participar?
Evento voltado aos advogados, academicos e público em geral amante do desporte.
- O que você pensa do direito desportivo, principalmente o patamar que está alcançando nos últimos anos e sua importância para os esportes?
O direito desportivo vem crescendo em função da visibilidade que o desporto proporciona. Creio que é um momento muito importante para que o direito desportivo possa se afirmar com um ramo especializado do direito. Eventos como esse contribuem muito para essa afirmação.
- Como é atuar em um clube como o Coritiba?
É bastante gratificante, muito embora sejam grandes as responsabilidades. O Coritiba é um clube grande e as demandas são proporcionais ao seu tamanho. Mas unir a profissão com algo tão apaixonante como o futebol é uma experiência única.
- Quais as principais responsabilidades de um advogado desportivo que atua em clube?
Resguardar os interesses do clube, já que são muitas as partes e os interesses envolvidos. Em resumo, nosso foco é atuar na prevenção de eventuais "problemas" ao clube.
Foto: Site Oficial do Coritiba
Entrevista Caio Krueger - supervisor do Coritiba Futsal

25/07/2013
Caio Krueger, supervisor do Coritiba Futsal, trabalha com futsal há mais de uma década e já vivenciou diversas situações envolvendo justiça desportiva nesses anos de futsal.
Além de ser o atual supervisor do Coritiba Futsal, trabalhou na mesma função pelo Paraná Clube e foi técnico das categorias de base da mesma equipe.
- Como o apoio jurídico pode ajudar no crescimento do esporte?
O apoio jurídico é fundamental para o crescimento do futsal, que ainda não consegue ser olímpico pelo amadorismo de alguns dirigentes de algumas equipes. Desta forma, o suporte jurídico impede qualquer artimanha nos bastidores do futsal paranaense e brasileiro.
- De que forma as questões jurídicas são tratadas no futsal?
As questões jurídicas são fundamentais para as equipes que disputam campeonatos de alto rendimento de futsal. Irregularidades em qualquer competição organizada pela Federação Paranaense de Futsal que consta em regulamento oficial, podemos cobrar através do nosso departamento jurídico. São importantes também no julgamento dos jogadores nos casos de expulsões, para que os mesmos não peguem um gancho maior de suspensão na competição.
- Como acontecem os julgamentos dos atletas no futsal?
Os julgamentos dos atletas de futsal acontecem nos mesmos moldes dos casos do futebol. Depois que qualquer jogador é expulso, o relatório do árbitro chega até a procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futsal, que vai oferecer denúncia e marcar o julgamento para que as comissões disciplinares possam realizar os julgamentos.
A defesa acontece pelos departamentos jurídicos dos clubes e especialistas no assunto. É sempre recomendável que o atleta que será julgado compareça ao tribunal e sempre que possível levamos provas em vídeo e testemunhas para auxiliar na defesa.
Caio Krueger, supervisor do Coritiba Futsal, trabalha com futsal há mais de uma década e já vivenciou diversas situações envolvendo justiça desportiva nesses anos de futsal.
Além de ser o atual supervisor do Coritiba Futsal, trabalhou na mesma função pelo Paraná Clube e foi técnico das categorias de base da mesma equipe.
- Como o apoio jurídico pode ajudar no crescimento do esporte?
O apoio jurídico é fundamental para o crescimento do futsal, que ainda não consegue ser olímpico pelo amadorismo de alguns dirigentes de algumas equipes. Desta forma, o suporte jurídico impede qualquer artimanha nos bastidores do futsal paranaense e brasileiro.
- De que forma as questões jurídicas são tratadas no futsal?
As questões jurídicas são fundamentais para as equipes que disputam campeonatos de alto rendimento de futsal. Irregularidades em qualquer competição organizada pela Federação Paranaense de Futsal que consta em regulamento oficial, podemos cobrar através do nosso departamento jurídico. São importantes também no julgamento dos jogadores nos casos de expulsões, para que os mesmos não peguem um gancho maior de suspensão na competição.
- Como acontecem os julgamentos dos atletas no futsal?
Os julgamentos dos atletas de futsal acontecem nos mesmos moldes dos casos do futebol. Depois que qualquer jogador é expulso, o relatório do árbitro chega até a procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futsal, que vai oferecer denúncia e marcar o julgamento para que as comissões disciplinares possam realizar os julgamentos.
A defesa acontece pelos departamentos jurídicos dos clubes e especialistas no assunto. É sempre recomendável que o atleta que será julgado compareça ao tribunal e sempre que possível levamos provas em vídeo e testemunhas para auxiliar na defesa.
Entrevista Fernanda Carpinelli

18/06/2013
No mês de maio, a advogada Fernanda Carpinelli, da Scopo Sports, foi nomeada auditora do Tribunal Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva de Ciclismo.
Acostumada com os tribunais desportivos desde que assumiu seu lugar na Scopo Sports, Carpinelli conta um pouco sobre a nova experiência. Confira:
Backstage Comunicação: Com a função de auditora, como será seu trabalho no Tribunal?
Fernanda Carpinelli: O auditor funciona como juiz no processo, sendo que as decisões são tomadas sempre colegiadas, ou seja, não haverá decisão proferida por apenas um auditor, em regra. Minha função será julgar, em grau de recurso, os processos oriundos de todos os Tribunais de Justiça Desportiva do Ciclismo, bem como os recursos oriundos da comissão do STJD. Existem algumas matérias que são de competência exclusiva dos auditores do Tribunal Pleno, tanto dos TJDs quanto do STJD. A competência do Tribunal Pleno do STJD está prevista no artigo 25 do CBJD.
BC: Como funciona o Tribunal?
FC: Assim como ocorre no futebol e demais modalidades, cada federação deve instituir um tribunal de justiça, para julgar os casos em seus estados. Em cada Tribunal de Justiça Desportiva do Ciclismo, de cada estado, existem as comissões disciplinares, que julgam os processos em primeira instância. Quando há recurso, este é julgado pelo Tribunal Pleno de cada TJD. Após julgamento pelo Tribunal Pleno do TJD (estado), cabe recurso ao Tribunal Pleno do STJD, do qual sou auditora.
BC: O mesmo ocorre em competições nacionais?
FC: Em competições de âmbito nacional, quando acordado ou em competições que envolvam mais de um estado, cabe à Comissão Disciplinar do STJD julgar os casos envolvendo infrações disciplinares. Do julgamento pela comissão disciplinar no STJD, cabe recurso ao Pleno do STJD. Desta forma, os auditores do Tribunal Pleno do STJD julgam recursos oriundos dos Tribunais de Justiça Desportiva Estaduais e recursos oriundos da Comissão Disciplinar do STJD, além de matérias específicas, conforme artigo 25 do CBJD.
BC: Como funciona a composição do Tribunal?
FC: Para a composição do Tribunal Pleno do STJD, órgão para o qual fui nomeada auditora, conforme artigo 4º do CBJD, deve haver nove membros, os chamados auditores, de reconhecido saber jurídico desportivo. Dentre esses nove membros, dois são indicados pela entidade de administração do desporto, neste caso, a Confederação Brasileira de Ciclismo. Dois, ainda, são indicados pelas entidades de prática desportiva, dois pelo Conselho Federal da OAB, um representante dos árbitros e outros dois representantes dos atletas. Minha indicação veio por parte dos atletas.
BC: E como funciona a Comissão?
FC: As comissões funcionam como primeiro grau de jurisdição, tanto no TJD quanto no STJD, conforme explicado anteriormente. Os auditores das Comissões Disciplinares, tanto do TJD quanto do STJD são indicados pela maioria dos membros do Pleno do Tribunal (seja do Pleno do TJD ou do STJD), conforme trazem os artigos 4º-A e 5º-A do CBJD.
Fonte: http://backstagecomunicacao.com/2013/06/18/fernanda-carpinelli-explica-funcao-no-tribunal-pleno-de-ciclismo/
No mês de maio, a advogada Fernanda Carpinelli, da Scopo Sports, foi nomeada auditora do Tribunal Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva de Ciclismo.
Acostumada com os tribunais desportivos desde que assumiu seu lugar na Scopo Sports, Carpinelli conta um pouco sobre a nova experiência. Confira:
Backstage Comunicação: Com a função de auditora, como será seu trabalho no Tribunal?
Fernanda Carpinelli: O auditor funciona como juiz no processo, sendo que as decisões são tomadas sempre colegiadas, ou seja, não haverá decisão proferida por apenas um auditor, em regra. Minha função será julgar, em grau de recurso, os processos oriundos de todos os Tribunais de Justiça Desportiva do Ciclismo, bem como os recursos oriundos da comissão do STJD. Existem algumas matérias que são de competência exclusiva dos auditores do Tribunal Pleno, tanto dos TJDs quanto do STJD. A competência do Tribunal Pleno do STJD está prevista no artigo 25 do CBJD.
BC: Como funciona o Tribunal?
FC: Assim como ocorre no futebol e demais modalidades, cada federação deve instituir um tribunal de justiça, para julgar os casos em seus estados. Em cada Tribunal de Justiça Desportiva do Ciclismo, de cada estado, existem as comissões disciplinares, que julgam os processos em primeira instância. Quando há recurso, este é julgado pelo Tribunal Pleno de cada TJD. Após julgamento pelo Tribunal Pleno do TJD (estado), cabe recurso ao Tribunal Pleno do STJD, do qual sou auditora.
BC: O mesmo ocorre em competições nacionais?
FC: Em competições de âmbito nacional, quando acordado ou em competições que envolvam mais de um estado, cabe à Comissão Disciplinar do STJD julgar os casos envolvendo infrações disciplinares. Do julgamento pela comissão disciplinar no STJD, cabe recurso ao Pleno do STJD. Desta forma, os auditores do Tribunal Pleno do STJD julgam recursos oriundos dos Tribunais de Justiça Desportiva Estaduais e recursos oriundos da Comissão Disciplinar do STJD, além de matérias específicas, conforme artigo 25 do CBJD.
BC: Como funciona a composição do Tribunal?
FC: Para a composição do Tribunal Pleno do STJD, órgão para o qual fui nomeada auditora, conforme artigo 4º do CBJD, deve haver nove membros, os chamados auditores, de reconhecido saber jurídico desportivo. Dentre esses nove membros, dois são indicados pela entidade de administração do desporto, neste caso, a Confederação Brasileira de Ciclismo. Dois, ainda, são indicados pelas entidades de prática desportiva, dois pelo Conselho Federal da OAB, um representante dos árbitros e outros dois representantes dos atletas. Minha indicação veio por parte dos atletas.
BC: E como funciona a Comissão?
FC: As comissões funcionam como primeiro grau de jurisdição, tanto no TJD quanto no STJD, conforme explicado anteriormente. Os auditores das Comissões Disciplinares, tanto do TJD quanto do STJD são indicados pela maioria dos membros do Pleno do Tribunal (seja do Pleno do TJD ou do STJD), conforme trazem os artigos 4º-A e 5º-A do CBJD.
Fonte: http://backstagecomunicacao.com/2013/06/18/fernanda-carpinelli-explica-funcao-no-tribunal-pleno-de-ciclismo/
Justicadesportiva.com.br - Entrevista: Itamar Côrtes

16/03/2011
Atuante na Justiça Desportiva há 16 anos, o advogado Itamar Cortês defendeu e presenciou muitos casos polêmicos nos Tribunais Desportivos do Brasil. Atualmente responsável pela defesa do Coritiba e outros clubes junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD/PR) e Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Itamar falou em exclusividade ao Justicadesportiva.com.br sobre pontos positivos e negativos da reformulação do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), comenta sobre o jogador Tcheco não ter sido denunciado no TJD/PR e relembra a confusão no Couto Pereira que rendeu multa e fez com que o Coxa perdesse mando de campo por dez partidas em 2009, além de comentar sobre a rivalidade existente entre Coritiba e Atlético/PR.
Site JD - Qual lição que se tira da punição de dez mandos pela confusão no Couto Pereira em 2009?
Itamar Côrtes - "O Coritiba sempre deu todas as condições para que desempenhássemos o trabalho jurídico da melhor forma possível, tanto que até a 37ª rodada do Brasileiro do ano de 2009 o Coritiba tinha o melhor desempenho entre os 20 clubes da Série A. Infelizmente, alguns marginais prejudicaram imensamente o clube. O aspecto positivo é que mesmo com enorme adversidade o Coritiba mostrou sua grandeza, tanto que subiu e disputará a Série A este ano."
Site JD - No ano de 2010 atrasos de clubes e arremessos de objetos no campo foram os artigos mais julgados pelo STJD de Futebol. Como o clube trabalha essa questão? Alguns clubes já estão realizando trabalhos a fim de conscientizar os torcedores sobre a questão de arremesso, o Coritiba faz ou tem algum projeto nesse sentido?
Itamar Côrtes - "O Coritiba sempre alerta seus torcedores sobre a questão de arremesso de objetos. No Estádio Couto Pereira existem diversos avisos escritos, além de avisos pelo sistema. Ademais, no site oficial do clube já consta a proibição de entrada de quaisquer objetos que possam causar risco a segurança dos demais torcedores. Como se não bastasse toda prevenção o clube ainda conta com Delegacia e Juizado Especial Criminal para punir imediatamente qualquer infração que possa ocorrer."
Site JD - O Coritiba conquistou o título no primeiro turno do estadual e após três jogos está na liderança da segunda fase. Você acredita que a disciplina da equipe é um dos fatores para os resultados obtidos?
Itamar Côrtes - "A fase do Coritiba é muito boa e entendo que vários fatores explicam o sucesso dentro de campo, reputo como principais a grande estrutura oferecida pelo clube e a integração entre os diversos setores do Coritiba, o que reflete na disciplina dos atletas e por conseqüência nos resultados."
Site JD - O Coxa realiza algum tipo de orientação / palestras aos jogadores com relação a Justiça Desportiva?
Itamar Côrtes - "Os atletas do Coritiba são orientados desde as categorias de base sobre a importância de se manter a disciplina. As palestras são feitas em conjunto entre as pedagogas, técnicos e advogados do clube. Outro aspecto de extrema importância é a presença dos atletas em todos os julgamentos seja no TJD-PR ou no STJD no Rio de Janeiro, o atleta somente não comparece aos julgamentos em casos de coincidir com jogos ou viagens."
Site JD - William, expulso diante do Cianorte na última rodada do primeiro turno por uma confusão na área e através da prova de vídeo você conseguiu a absolvição do volante. Na mesma partida Tcheco reclamou da arbitragem e acabou expulso pelo segundo cartão amarelo. Ele ainda corre o risco de ser denunciado por infração ao artigo 258, inciso II? Já houve intimação?
Itamar Côrtes - "O atleta Tcheco foi expulso em decorrência do segundo cartão amarelo e por este motivo a Procuradoria Desportiva do TJD-PR não o denunciou. È prática comum não se denunciar em casos de dupla advertência. No julgamento do Willian sequer se cogitou da baixa dos autos para eventual denúncia ao Tcheco, assim, neste caso, felizmente, não teremos trabalho."
Site JD - Qual foi o caso mais complicado que pegou no STJD ou até mesmo no TJD?
Itamar Côrtes - "Atuei em diversos casos envolvendo doping, impugnações de partidas, arremesso de objetos, expulsões de treinadores, entre outros casos. Lembro de um caso perante o TJD-PR no qual o Paraná Clube foi denunciado, pois havia jogado pela Taça Libertadores da América, na quarta-feira e no dia seguinte alguns atletas também jogaram, poucos minutos, pelo Campeonato Paranaense. O clube corria o risco de perder pontos por não respeitar o intervalo mínimo de descanso entre as partidas e até ficar fora da fase decisiva do Campeonato. Felizmente o clube foi absolvido por unanimidade. Já a defesa mais complicada, melhor dizendo, mais sem motivação e triste que fiz perante o STJD foi sustentar o Recurso no caso do “Atletiba das bombas”, pois o clube já havia cumprido a perda de mando, pela não concessão do efeito suspensivo. Não existe nada mais frustrante para um advogado do que sustentar um recurso que perdeu o objeto, o pior é que o clube foi absolvido, mas o prejuízo foi irreversível. A sensação de impotência e injustiça foi enorme."
Site JD - A rivalidade entre Coritiba e Atlético/PR chega aos tribunais?
Itamar Côrtes - "A rivalidade deve ficar restrita dentro de campo. Nos tribunais cada clube procura fazer o trabalho da melhor maneira possível. Um exemplo de parceria benéfica a todos é a existente entre o Paraná Clube e o Coritiba, que contam com os serviços de nosso escritório para as defesas perante o TJD e STJD. O trabalho simultâneo ocorre desde 2008, dentro da mais absoluta tranquilidade entre os departamentos jurídicos. A pressão, sempre positiva, é salutar, pois se conseguimos um bom resultado em prol do Paraná Clube, também devemos obter o mesmo pelo Coritiba. No ano de 2009 o site Justiça Desportiva divulgou que o Paraná Clube obteve os melhores resultados no STJD dentre os clubes da Série B, para equilibrar o Coritiba também estava entre os melhores da Série A."
Site JD - Como é defender o clube na esfera estadual e no STJD? Quais as principais diferenças?
Itamar Côrtes - "No início atuar no STJD era bem mais difícil, pois ainda não estava acostumado com as características de cada Comissão, de cada auditor. Hoje não vejo muita diferença, pois com o tempo acabamos por conhecer todos de forma igual, o que facilita o desenvolvimento das teses de defesa. O mais importante, seja no TJD ou STJD, é estudar para estar sempre preparado e procurar fazer a melhor defesa possível, em prol dos clubes que confiam no trabalho que desenvolvemos."
Site JD - Como o senhor começou a militar na Justiça Desportiva?
Itamar Côrtes - "Comecei a militar na Justiça Desportiva em 1994 perante os Tribunais Esportivos da antiga Secretaria de Esportes do Paraná, juntamente com diversos paranaenses de destaque hoje. No mesmo ano iniciei também na extinta Junta de Justiça Desportiva do TJD-PR, juntamente com o meu saudoso padrinho e brilhante advogado Dr. José Cadilhe de Oliveira."
Site JD - Como viu a reformulação do CBJD? Quais seriam os pontos positivos e negativos?
Itamar Côrtes - "A concessão de efeito suspensivo pelo relator e os exemplos na tipificação das penas são os pontos negativos. Já existiam divergências e critérios diversos para a concessão de efeito suspensivo pelos Presidentes dos órgãos judicantes, agora cabendo ao relator de cada processo a decisão para conceder ou não o efeito suspensivo, os entendimentos serão ainda mais díspares, o que causa grande insegurança jurídica aos jurisdicionados. O ponto positivo da reformulação do CBJD foi a criação da Transação Disciplinar Desportiva, embora precise ser aplicada mais frequentemente e com critérios mais claros, em especial pelos TJDs. Também cito como ponto positivo a possibilidade de criação de Enunciado de Súmula."
Fonte: http://justicadesportiva.uol.com.br/entrevista.asp?id=356
Atuante na Justiça Desportiva há 16 anos, o advogado Itamar Cortês defendeu e presenciou muitos casos polêmicos nos Tribunais Desportivos do Brasil. Atualmente responsável pela defesa do Coritiba e outros clubes junto ao Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD/PR) e Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Itamar falou em exclusividade ao Justicadesportiva.com.br sobre pontos positivos e negativos da reformulação do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), comenta sobre o jogador Tcheco não ter sido denunciado no TJD/PR e relembra a confusão no Couto Pereira que rendeu multa e fez com que o Coxa perdesse mando de campo por dez partidas em 2009, além de comentar sobre a rivalidade existente entre Coritiba e Atlético/PR.
Site JD - Qual lição que se tira da punição de dez mandos pela confusão no Couto Pereira em 2009?
Itamar Côrtes - "O Coritiba sempre deu todas as condições para que desempenhássemos o trabalho jurídico da melhor forma possível, tanto que até a 37ª rodada do Brasileiro do ano de 2009 o Coritiba tinha o melhor desempenho entre os 20 clubes da Série A. Infelizmente, alguns marginais prejudicaram imensamente o clube. O aspecto positivo é que mesmo com enorme adversidade o Coritiba mostrou sua grandeza, tanto que subiu e disputará a Série A este ano."
Site JD - No ano de 2010 atrasos de clubes e arremessos de objetos no campo foram os artigos mais julgados pelo STJD de Futebol. Como o clube trabalha essa questão? Alguns clubes já estão realizando trabalhos a fim de conscientizar os torcedores sobre a questão de arremesso, o Coritiba faz ou tem algum projeto nesse sentido?
Itamar Côrtes - "O Coritiba sempre alerta seus torcedores sobre a questão de arremesso de objetos. No Estádio Couto Pereira existem diversos avisos escritos, além de avisos pelo sistema. Ademais, no site oficial do clube já consta a proibição de entrada de quaisquer objetos que possam causar risco a segurança dos demais torcedores. Como se não bastasse toda prevenção o clube ainda conta com Delegacia e Juizado Especial Criminal para punir imediatamente qualquer infração que possa ocorrer."
Site JD - O Coritiba conquistou o título no primeiro turno do estadual e após três jogos está na liderança da segunda fase. Você acredita que a disciplina da equipe é um dos fatores para os resultados obtidos?
Itamar Côrtes - "A fase do Coritiba é muito boa e entendo que vários fatores explicam o sucesso dentro de campo, reputo como principais a grande estrutura oferecida pelo clube e a integração entre os diversos setores do Coritiba, o que reflete na disciplina dos atletas e por conseqüência nos resultados."
Site JD - O Coxa realiza algum tipo de orientação / palestras aos jogadores com relação a Justiça Desportiva?
Itamar Côrtes - "Os atletas do Coritiba são orientados desde as categorias de base sobre a importância de se manter a disciplina. As palestras são feitas em conjunto entre as pedagogas, técnicos e advogados do clube. Outro aspecto de extrema importância é a presença dos atletas em todos os julgamentos seja no TJD-PR ou no STJD no Rio de Janeiro, o atleta somente não comparece aos julgamentos em casos de coincidir com jogos ou viagens."
Site JD - William, expulso diante do Cianorte na última rodada do primeiro turno por uma confusão na área e através da prova de vídeo você conseguiu a absolvição do volante. Na mesma partida Tcheco reclamou da arbitragem e acabou expulso pelo segundo cartão amarelo. Ele ainda corre o risco de ser denunciado por infração ao artigo 258, inciso II? Já houve intimação?
Itamar Côrtes - "O atleta Tcheco foi expulso em decorrência do segundo cartão amarelo e por este motivo a Procuradoria Desportiva do TJD-PR não o denunciou. È prática comum não se denunciar em casos de dupla advertência. No julgamento do Willian sequer se cogitou da baixa dos autos para eventual denúncia ao Tcheco, assim, neste caso, felizmente, não teremos trabalho."
Site JD - Qual foi o caso mais complicado que pegou no STJD ou até mesmo no TJD?
Itamar Côrtes - "Atuei em diversos casos envolvendo doping, impugnações de partidas, arremesso de objetos, expulsões de treinadores, entre outros casos. Lembro de um caso perante o TJD-PR no qual o Paraná Clube foi denunciado, pois havia jogado pela Taça Libertadores da América, na quarta-feira e no dia seguinte alguns atletas também jogaram, poucos minutos, pelo Campeonato Paranaense. O clube corria o risco de perder pontos por não respeitar o intervalo mínimo de descanso entre as partidas e até ficar fora da fase decisiva do Campeonato. Felizmente o clube foi absolvido por unanimidade. Já a defesa mais complicada, melhor dizendo, mais sem motivação e triste que fiz perante o STJD foi sustentar o Recurso no caso do “Atletiba das bombas”, pois o clube já havia cumprido a perda de mando, pela não concessão do efeito suspensivo. Não existe nada mais frustrante para um advogado do que sustentar um recurso que perdeu o objeto, o pior é que o clube foi absolvido, mas o prejuízo foi irreversível. A sensação de impotência e injustiça foi enorme."
Site JD - A rivalidade entre Coritiba e Atlético/PR chega aos tribunais?
Itamar Côrtes - "A rivalidade deve ficar restrita dentro de campo. Nos tribunais cada clube procura fazer o trabalho da melhor maneira possível. Um exemplo de parceria benéfica a todos é a existente entre o Paraná Clube e o Coritiba, que contam com os serviços de nosso escritório para as defesas perante o TJD e STJD. O trabalho simultâneo ocorre desde 2008, dentro da mais absoluta tranquilidade entre os departamentos jurídicos. A pressão, sempre positiva, é salutar, pois se conseguimos um bom resultado em prol do Paraná Clube, também devemos obter o mesmo pelo Coritiba. No ano de 2009 o site Justiça Desportiva divulgou que o Paraná Clube obteve os melhores resultados no STJD dentre os clubes da Série B, para equilibrar o Coritiba também estava entre os melhores da Série A."
Site JD - Como é defender o clube na esfera estadual e no STJD? Quais as principais diferenças?
Itamar Côrtes - "No início atuar no STJD era bem mais difícil, pois ainda não estava acostumado com as características de cada Comissão, de cada auditor. Hoje não vejo muita diferença, pois com o tempo acabamos por conhecer todos de forma igual, o que facilita o desenvolvimento das teses de defesa. O mais importante, seja no TJD ou STJD, é estudar para estar sempre preparado e procurar fazer a melhor defesa possível, em prol dos clubes que confiam no trabalho que desenvolvemos."
Site JD - Como o senhor começou a militar na Justiça Desportiva?
Itamar Côrtes - "Comecei a militar na Justiça Desportiva em 1994 perante os Tribunais Esportivos da antiga Secretaria de Esportes do Paraná, juntamente com diversos paranaenses de destaque hoje. No mesmo ano iniciei também na extinta Junta de Justiça Desportiva do TJD-PR, juntamente com o meu saudoso padrinho e brilhante advogado Dr. José Cadilhe de Oliveira."
Site JD - Como viu a reformulação do CBJD? Quais seriam os pontos positivos e negativos?
Itamar Côrtes - "A concessão de efeito suspensivo pelo relator e os exemplos na tipificação das penas são os pontos negativos. Já existiam divergências e critérios diversos para a concessão de efeito suspensivo pelos Presidentes dos órgãos judicantes, agora cabendo ao relator de cada processo a decisão para conceder ou não o efeito suspensivo, os entendimentos serão ainda mais díspares, o que causa grande insegurança jurídica aos jurisdicionados. O ponto positivo da reformulação do CBJD foi a criação da Transação Disciplinar Desportiva, embora precise ser aplicada mais frequentemente e com critérios mais claros, em especial pelos TJDs. Também cito como ponto positivo a possibilidade de criação de Enunciado de Súmula."
Fonte: http://justicadesportiva.uol.com.br/entrevista.asp?id=356